segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Cavalgada
Cecília Meireles

Meu sangue corre como um rio
num grande galope,
num ritmo bravio,
para onde acena tua mão.

Pelas suas ondas revoltas,
seguem desesperadamente
todas as minhas estrelas soltas,
com a máxima cintilação.

Ouve, no tumulto sombrio,
passar a torrente fantástica!
E, na luta da luz com as trevas,
todos os sonhos que me levas,
dize, ao menos, para onde vão!

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