Na parede atrás de minha mesa, ombro a ombro, a menina e seu pai, em dois retratos, conversam sobre o que há no escuro da noite, como entender o mundo, e por que as montanhas eram tão azuis.
Quando apago a luz e fecho a porta, eles riem baixinho desta que hoje sou: ainda tão distraída e desassossegada, cheia de encantamento, susto e assombro.
(E devem dizer, meneando as cabeças: Parece que ela nunca vai mudar.)
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