domingo, 25 de abril de 2010

Te amei e amei minha fantasia
Amei de novo e amei a nossa estréia
Amei meu próprio amor e amei a tua audácia
Te amei muito e pouco e comovidamente
Amei a história construída, os ritos e os porquês
Te amei no invisível e no inaudível
Amei no crível e no incrível
Amei ser dona e te amei freguês
Te amei e amei a farsa arquitetada
Amei o nosso caso e amei a nossa casa
Amei a mim, amei a ti, parti-me ao meio
Te amei no profundo, no raso e com atraso
Não era tua hora, não era a minha vez.

Martha Medeiros

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