segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


A partir de amanhã não corro mais para atender o telefone
A caixa de fotos vou colocar na última prateleira do armário
Onde só alcançarei com muito esforço e escada
A partir de amanhã não abro mais o correio eletrônico
Nem vôo até a sua letra no alfabeto, não haverá encontro
Não passarei mais pela sua rua, a partir de amanhã
Nem na vizinhança, atalharei por outro bairro
Não há necessidade e meu coração não é de confiança
A partir de amanhã interrompo o surto e esqueço a placa do seu carro
Não há perigo de eu sonhar com você, a partir de amanhã
Não durmo mais, e as músicas que eu escutava, evitarei
Já não te velarei, a partir de amanhã saio de luto.


Martha Medeiros

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