Embalo
Alphonsus de Guimaraens Filho
Dá-me tuas mãos. Descansa.
O mundo já morreu.
Teu riso de criança,
O teu silêncio, e eu.
Repousa a tua cabeça
No reino imaginário.
Possível é que te esqueça
O doido solitário.
Nenhuma voz te chama,
Nenhum gemido... O amor
Não traz para quem ama
O anjo e sim a dor.
Dá-me tuas mãos. Descansa.
Vou dar-te o reino esquivo,
Ó pomba, ingênua criança...
O reino por que vivo.
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