quinta-feira, 30 de julho de 2009


Acalanto
Cecília Meireles

Dorme, que eu penso.
Cada qual assim navega
Pelo seu mar imenso.

Estarás vendo. Eu estou cega.
Nem te vejo nem a mim.
No teu mar, talvez se chega.
Este, não tem fim.

Dorme, que eu penso.
Que eu penso nesse navio
Clarividente em que vais.

Mensagens tristes lhe envio.
Pensamentos... – nada mais.

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