segunda-feira, 10 de agosto de 2009


Apresentação
Cecília Meireles

Aqui está minha vida – esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.

Aqui está minha voz – esta concha vazia,
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.

Aqui está minha dor – este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.

Aqui está minha herança – este mar solitário,
Que de um lado era amor e, do outro, esquecimento.

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